O teste ergométrico é utilizado para a avaliação do funcionamento cardiovascular, quando submetido a esforço físico gradualmente crescente, em esteira rolante. São observados os sintomas, os comportamentos da frequência cardíaca, da pressão arterial e do eletrocardiograma antes, durante e após o esforço.
Indicações
Diagnóstico e companhamento de:
Contraindicações
Portadores de doença arterial coronária que estão instáveis (sintomas progressivos ou que ocorrem em repouso, angina instável, infarto em evolução) ou que apresentam obstrução no tronco da artéria coronária esquerda ou equivalente;
Preparo
No dia do exame, após o banho, não utilizar cremes, pomadas ou gel;
Vir ou trazer roupa confortável (abrigo/roupa de treino/tênis).
Não fumar 2 horas antes e 1 hora após o exame;
Dieta normal 2 horas antes ou dieta leve 1 h antes do exame; o paciente não deve fazer o exame em jejum;
A suspensão de medicação em uso fica a critério do seu médico e na dependência dos objetivos do exame.
Como é feito
Primeiramente coletam-se dados com o paciente e descritos no pedido médico, com o objetivo de identificar o motivo para a realização do exame e afastar contraindicações, além de estabelecer o protocolo ideal de esforço para cada paciente.
A seguir são colocados eletrodos no tórax do paciente para o registro do eletrocardiograma e posicionado o equipamento para verificação da pressão arterial. O paciente é colocado então na esteira rolante iniciando-se o exercício com o protocolo escolhido.
O exame será finalizado quando o paciente apresentar grande cansaço ou exaustão, sintomas indicativos de anormalidades cardiovasculares, alterações compatíveis com isquemia ou alterações significativas do ritmo cardíaco.
Traçados eletrocardiográficos e medida da pressão arterial serão registrados antes do esforço, ao final de cada etapa do exercício e regularmente na recuperação.
Complicações
O risco de complicações graves é muito baixo e menor do que 1 para cada 20.000 exames realizados.
Limitações
A sensibilidade (chance de o exame ser positivo quando a doença arterial coronária está presente) e a especificidade (chance do exame ser negativo quando a doença arterial coronária está ausente) do Teste ergométrico situam-se entre 70% e 80 %.
Algumas vezes, o teste ergométrico pode ser “falso-positivo”, especialmente nas mulheres, sem significar doença arterial coronária obstrutiva.
Referências
MENEGHELO, RS et al. III Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre teste ergométrico. Arq. Bras. Cardiol. [online]. 2010, vol.95, n.5, suppl.1, pp.1-26.